Matar. Essa palavra mexia com os sentimentos da garota. Ela queria viver. Agora ela queria lutar pela sua vida aqueles sentimentos que a derrubara a pouco se transformou em ódio. Ela não iria ser salva sempre pelo cão-lobo, pelo avô ou por qualquer outra mão amiga que aparece- se.
- Quem é você?
A mulher com voz e postura de guerreira estava lá impondo sua força perante a garota indefesa. A mulher proprietária do cão- lobo que a havia salvado era alta, alguns centímetros a mais que Melissa. Tinha olhos puxados de oriental Melissa não sabia se eram olhos de chinês, coreano ou japonês. Realmente aquela mulher era uma guerreira, pois em cima do guarda- pó branco que usava tinha duas fitas de balas das armas que carregava. Acima da calça jeans que usava, nas duas pernas, haviam pistolas do tipo Colt M-1911 e nas costas duas armas grandes uma Colt M4 e outra HK MP5. Para dar um tom de inteligente ou apenas por ter problema de visão ela usava óculos.
- Você foi salva pelo meu cachorrinho e não responde uma simples pergunta, Melissa - Melissa entrou em pânico, como aquela mulher sabia seu nome? – A Julia não te deu educação? Ela preferiu ficar no laboratório dela? - A mulher dava risadas excêntricas.
Melissa ficou pensando, quem aquela mulher era? Como ela conhece me conhece? A mulher vendo a cara da garota apenas afirmou.
- Eu sou Yuuki uma ex- amiga da sua mãe, amiga de trabalho viu! Como ela vai?
Já era de manhã e fazia algumas horas que o sol havia nascido. Normalmente o vovô ia acordar a garota sonolenta Melissa e recitava uma daquelas cantigas:
“Acorda Melissa bonita
Levanta vai fazer o café
O sol já está raiando
E a polícia já está de pé”
Ele foi até a cama dela e viu apenas alguns travesseiros abaixo do edredom que de longe parecia uma garota dormindo embrulhada nas cobertas. Lembrou-se da tentativa dela de se matar com a faca e ficou muito preocupado. Ele imaginava o rosto dela chorando por aí, ou apenas o corpo dela no chão, e na pior das hipóteses um novo zumbi.
Antes de imaginar mais futuros diferentes foi logo avisar Julia, a mãe desnaturada, do sumiço da garota. Ele foi até o único prédio da resistência onde ficava o laboratório da Sra. Julia, que ficava pesquisando e escrevendo suas pesquisas. Ela trabalhava para o governo no momento, ela procurava uma maneira de tornar os zumbis em humanos.
- Ela queria se matar, Julia acho que ela realizou o desejo.
Aquela mulher arregalava os olhos que tinham olheiras, maiores que as da filha, seus olhos eram perturbadores.
- Não pode, ela não pode fazer isso. Ela tem que ficar perto de mim e segura. Ela tem que viver, é a missão dela.
Na noite passada Melissa desmaiou. A Yuuki colocou- a na cama como um bebê ela estava tão cansada que dormiu como uma pedra, mas como de costume acordou cedo e brava. A Yuuki já estava preparando um café da manhã era um café extremamente forte e um pão velho com manteiga.
A garota sentou-se à mesa e a perguntou.
- Então porque você é uma ex- amiga da minha mãe?
Melissa tomava um gole do café forte. Não conseguia tomar muito, pois não gostava de café. Demorou um pouco para Yuuki responder.
- Tivemos... Desavenças no trabalho, como pode ver eu - Acariciando a cabeça do cão- lobo que estava sentado do lado dela – Eu aprecio a vida. Posso até brincar com ela, mas não gosto de destruí-las e nem machucá-las.
Melissa observava o cão- lobo que parecia feliz.
- E o cão- lobo? Ele não é uma brincadeira de mau gosto?
- Antes da origem dos zumbis eu trabalhava com a sua mãe numa Academia de Ciências como Professora Doutora de genética. Sabia um pouco de veterinária e sobre tratamentos de células e coisas parecidas. E sempre fiz isso pelo Kouchu, eu era pequena quando o conheci ele era originalmente um lobo que estava paraplégico eu queria o ajudar. Depois de longos anos de pesquisa eu arrisquei alguns experimentos e desenvolvi o que você está vendo um grande e saudável lobo- cão - A mulher mostrava um grande sorriso. – Agora me diga, garota louca, o que você faz aqui tão longe da sua resistência? E ainda perto do cemitério, veio ver algum amigo seu?
- Eu queria me matar, agora não quero mais... só isso.
Melissa era sempre direta com as palavras quando não se tratava de amor.
Ou!super legal o capítulo.gostei da parte.
ResponderExcluir"Melissa não sabia se eram olhos de chinês, coreano ou japonês. Porém eram olhos de japonês."ri um pouco com essa parte,mas acho que não deveria ser engraçado né?
bem,espero pelo proximo capítulo.
até
Obrigado por acompanhar.
ResponderExcluirÉ para descontrair um pouco, porque se for só tenso eu não consigo escrever xD
Beijos